Classificação e premiação do Concurso Zizinho Botelho edição infanto-juvenil

Categoria INFANTIL – 4 a 8 anos. 

 

1º 4,45 – Pedro Henrique Carbone, 05 anos. foto 17

O fotógrafo conseguiu um efeito muito simpático, colocando dois animais do período Jurássico ao lado do gato branco. O gato é o foco de atenção, com cara de folgado. Para a idade, a foto teve uma composição inspirada e que remete ao universo infantil. A escolha do fundo de pedras emoldura os animais e é bastante pertinente para o contexto da composição.

 

 

 

2º 4,16 – Raphaela Bellini de Sousa Cardoso, 05 anos. foto 26

A fotógrafa escolheu um ícone da cidade de Cachoeira Paulista, o que é bom para o registro da memória da cidade. Mas, inteligentemente, não fotografou de longe a estação, mas preferiu fazer de perto a foto, o que resultou em duas leituras interessantes: primeiro, a imensidão da fachada da estação diante da pequena estatura da fotógrafa de 5 anos, e segundo a decadência evidente de uma beleza que a fotógrafa não conheceu.

 

 

 

 

 

 

3º 4,13 – Lana Caroline Araújo dos Santos, 08 anos. foto 23

 

O papagaio parece estar muito contente de ser fotografado. Está olhando para a câmera com cara de quem está se achando uma celebridade. A composição, para um pequeno fotógrafo de 8 anos, está bem feita: abaixo e acima do papagaio, duas paralelas; na parte inferior da foto, um muro, que representa massa; ao fundo do papagaio uma luminosidade discreta, alaranjada. Tudo ajudou a deixar o objeto principal da foto em evidência. Uma foto feliz

 

 

 

 

 

Categoria INFANTO-JUVENIL – 9 a 12 anos.

 

1º 4,90 – Alicia Anaya Dias, 09 anos. foto 26

Nesta foto, a linha da água conduz o nosso olhar desde o primeiro momento. De lá para as árvores, depois para o morro, sempre no sentido horário, que é como o nosso cérebro reage, e acabamos indo para a direita, procurando identificar os objetos incluídos na imagem. Para uma fotógrafa de 9 anos, foi uma boa escolha mostrar o reflexo do ambiente na água, o que nos leva a pensar em duas imagens que se complementam, ligadas por um bonito céu azul.

 

 

 

2º 4,56 – Maria Vitória Araujo dos Santos, 10 anos.  foto 2

Esta foto conseguiu combinar, numa só imagem, várias e atraentes simetrias. O corpo do papagaio maior fica em ângulo com o papagaio menor, formando um triângulo. As linhas (do telhado e do muro) formam uma paralela que serve de moldura aos atores principais da foto. E é possível encontrar outras figuras geométricas no telhado e no muro. Luz bastante boa, foco adequado. Uma foto feliz.

 

 

 

 

3º 4,48 – Raphael Bellini de Sousa Cardoso, 09 anos.  foto 24

 

Esta foto consegue dois efeitos ao mesmo tempo. É triste, por causa das machucaduras na estação, que mostram a sua decadência. Ao mesmo tempo, é foto alegre pela luminosidade e pela beleza que existe na construção, mesmo velha e ferida como está. O fotógrafo de 9 anos consegue ver essas duas coisas, emolduradas por um lindo céu azul, típico de Cachoeira Paulista. Uma foto bem feita, com linha e massa. E com vida, com as folhas de árvore no alto da foto.

 

 

 

Categoria JUVENIL – 13 a 17 anos.

 

1º 4,3 – Beatriz Gabriela da Silva, 14 anos.

Esta foto funciona como síntese da nossa realidade social, e a imagem fala por si – um band-aid não cura as carências desse homem. Unhas, mãos e roupas, num tom muito próximo, dentro da escala de cinzas, mostram como as coisas variam pouco na vida dessa pessoa. O contraste com o piso claro destaca ainda mais as diferenças conjunturais Tudo isso no aspecto filosófico. No plano prático da técnica fotográfica, é uma bela combinação de tons de cinza, massa, luz e sombra. A posição do pé, em diagonal em relação ao retângulo da foto, dá movimento. Foto de grande beleza.

 

 

 

 

 

2º 3,96 – Maria Giulia Romano Martins, 17 anos.

O que mais chama a atenção, nesta foto, é a composição. Não chega a ser novidade, porque a combinação de dimensões tem sido utilizada desde a invenção da fotografia, mas foi inteligente o aproveitamento da parede como fundo. As manchas denunciam água que escorregou e carregou elementos que marcaram a parede – o que dá uma atmosfera dramática ao conjunto. O anjo da sombra, que é outra pessoa em outra dimensão, tem menos drama e mais esperança. Essas considerações são mais filosóficas do que da prática fotográfica, mas fotografia é mais do que técnica – precisa ter mensagem.

 

 

 

 

 

3º 3,75 – Natália Nunes Vieira, 15 anos.

Sem querer fazer trocadilho, é uma foto gaiata. Ou seja, uma foto que mostra uma situação algo circense, parecendo que o gato equilibra um cone na cabeça. É uma foto alegre, colorida, luminosa. E ainda tem a sombra do gato na parede, que dá a ideia de dubiedade. A fotógrafa conseguiu uma imagem cheia de linhas, massa, movimento, colocando o objeto principal no retângulo áureo. E deixou alguns mistérios para que o observador desvende, pela observação persistente.