PROGRAMAÇÃO ANO DE 2025
SARAU DAS SEMENTES
Datas a confirmar
O sarau no Instituto Ruth Guimarães tem o objetivo primeiro dos artistas se conhecerem e interagirem, para nos juntarmos e ganharmos força. Para sabermos quem somos e descobrirmos que a arte muda o mundo. Cada um poderá mostrar seu talento, fazendo música, apresentando poemas, expondo seu artesanato ou suas fotografias e se identificando, e depois o microfone ficará aberto para quem quiser, o evento é aberto ao público em geral.
3 EM CONT(R)OS LITERÁPICOS
Chazinho literário no quintal da Ruth
LEITURA, LITERATURA E SAÚDE MENTAL
Serão utilizados três bases principais:
- a) A Leitura Literária como elemento para a formação humana
Pensar a literatura como um caminho especial para o desenvolvimento humano é compreendê-la como um componente indispensável para a formação pessoal, social e profissional. Nesse Bate-papo Literário busca-se apresentar o texto literário como um potente instrumento de humanização, terapêutico e capaz de provocar devaneios em busca da realidade, pois para a OMS (Organização Mundial da Saúde), ter saúde está associado a fatores maiores e mais complexos que o biológico, a fruição literária teria, portanto, um papel predominante, uma vez que possui a função psíquica, formadora, cultural, informacional e social, sendo vista, dessa maneira, como um caminho todo especial para se obter essa saúde plena.
- b) A Leitura como função terapêutica
Admite a possibilidade de a literatura proporcionar a pacificação das emoções. A leitura do texto literário, portanto, atua no leitor e no ouvinte como um efeito de calma, além de a literatura possuir a virtude de ser sedativa e curativa. A terapia ocorre pelo próprio texto, sujeito a interpretações diferentes por pessoas diferentes.
- c) A Leitura como tratamento
Sugere a utilização de práticas de leitura que proporcionem interpretação de textos e comentários adicionais a eles. Sugere a utilização em tratamentos de pessoas acometidas por doenças físicas e mentais, é aplicável na educação, na saúde e na reabilitação de indivíduos
Encontros trimestrais
- JUNHO – Conto: Os castiçais de Santo Antônio
- AGOSTO– Conto: Escuro
- NOVEMBRO– Conto: Mãe preta.
Inscrição antecipada via e-mail: inrg1920@gmail.com, o curso acontecerá se houver no mínimo a participação de 10 pessoas. Com certificado para quem tiver 75% de frequência.
Valor do curso: R$150,00 por pessoa
CONCURSO DE FOTOGRAFIA – 5ª edição
Tema: Família
Inscrições : 22 de março a 22 de maio de 2025
Premiação – 14 de junho (sábado)
EDITAL DE CONCURSO DE FOTOGRAFIA “Zizinho Botelho”
(REGULAMENTO)
ADULTOS
Do Tema
Art. 1o – O Instituto Ruth Guimarães, por meio deste edital, abre inscrições para o Concurso de Fotografia “Zizinho Botelho”.
Parágrafo Único – O tema escolhido para esse concurso tem como base “FAMÍLIA”. Este é um tema bem recorrente, portanto iremos priorizar o quesito originalidade. Anexamos a este edital uma crônica de Ruth Guimarães como fonte de ideias para o tema. Em sua crônica ela fala de histórias, de delicadeza, de singeleza, de simplicidade, do envelhecer. Dia e noite, luz, brilho. Voltamos a sugerir Luz e Sombra nesta nova edição. Descubra a sua visão do título do concurso deste ano, vá além do tema. Use sua criatividade!
Das Inscrições
Art. 2o – Pode participar do concurso o público em geral, desde que residentes no Vale do Paraíba.
- 1o – É vedada a participação de pessoas envolvidas na organização deste concurso;
- 2o – É vedada a participação dos membros da família Guimarães Botelho.
- 3o – Podem participar maiores de 18 anos.
Art. 3o – As inscrições podem ser feitas no período de 22 de março de 2023 a 22 de maio de 2025 pelo e-mail: inrg1920@gmail.com.
Art. 4o – Cada participante pode se inscrever com até 02 (duas) fotografias. As fotografias devem ser inéditas, ou seja, não terem sido apresentadas em nenhum livro ou mostra, ou premiada em outros concursos até a data da inscrição.
- 1o – As fotografias devem ser enviadas no momento da inscrição e somente serão aceitos até 02 (dois) arquivos de imagens de cada participante.
- 2o – As fotografias deverão ser devidamente identificadas através do preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO, com nome, endereço residencial completo, CPF, telefone, e-mail, título(s) e descrição da(s) fotografia(s), obedecendo aos seguintes critérios:
- a) As fotografias devem ser digitais em formato jpeg com o mínimo de peso de 1MB;
- b) Não há restrição quanto à técnica utilizada, podendo as imagens ser coloridas ou P&B;
- c) Somente serão aceitas inscrições de fotografias inéditas. Entende-se por inédita a fotografia não apresentada em nenhum livro ou mostra, ou premiada em outros concursos até a data da inscrição;
- d) Os candidatos inscritos são responsáveis pelo teor e conteúdo das imagens, incluindo autorização de publicação dos seus atores;
- e) Pela inscrição, os participantes cedem ao Instituto Ruth Guimarães os direitos patrimoniais sobre as imagens enviadas e autorizam seu uso em todo e qualquer material, documentos e meios de comunicação;
- f) A autorização do uso das imagens será concedida a título gratuito, abrangendo o seu uso em todo território nacional e no exterior, em todas as suas modalidades;
- g) As imagens poderão passar por tratamento de imagem, fracionamento, alteração da resolução etc., sem que haja prejuízo à essência da fotografia e ao conjunto da obra. No entanto, não será permitido fazer montagens.
- 3o – Para os candidatos alunos de escola pública a inscrição será gratuita; para os demais será cobrada uma taxa de R$10,00 por candidato, via depósito bancário na conta corrente do INSTITUTO RUTH GUIMARÃES: Banco do Brasil, agência 3029-5 c/c 29456-x ou PIX : CNPJ 36.502.818/0001-50. Envie seu comprovante juntamente com seu formulário de inscrição.
- 4o – Ao se inscreverem, todos os candidatos aceitarão automaticamente todas as cláusulas e condições estabelecidas no presente regulamento.
Da Seleção
Art. 5o A seleção dos vencedores será realizada por um júri convidado pelo Instituto Ruth Guimarães.
- 1o – Serão pré-selecionadas 20 (vinte) fotografias do total de fotografias inscritas, com premiação para 1o lugares.
- 2o – Não serão aceitas fotografias que estimulem a violência, a prática de crimes e que incitem o ódio e o preconceito.
- 3o – O resultado será divulgado aproximadamente 10 dias após o encerramento das inscrições, dependendo do volume das inscrições.
Da Premiação
Art. 6o Serão entregues prêmios para os 3 (três) primeiros classificados.
- 1o – Os inscritos não poderão acumular as premiações, ou seja, só poderá ser classificada uma fotografia de cada participante.
- 2o – O 1o colocado receberá o valor de R$ 300,00.
Da Comissão Técnica
Art. 7o – A Comissão Técnica será composta por profissionais convidados com reconhecida atuação nas áreas de artes visuais.
Parágrafo Único – A Comissão Técnica terá autonomia na realização da seleção e seguirá critérios de linguagem fotográfica, originalidade, criatividade e coerência com o tema proposto.
Do Resultado
Art. 8o – A divulgação do resultado ficará a cargo do Instituto Ruth Guimarães, que anunciará os vencedores no próprio Instituto, à Rua Carlos Pinto, 130, aproximadamente 10 dias após o encerramento das inscrições, dependendo do volume das inscrições.
Das Disposições Finais
Art. 9o – Os casos omissos serão decididos pela Comissão Técnica.
Art. 10o – Da seleção realizada pela Comissão Técnica, quanto à qualidade das fotografias selecionadas, não caberá qualquer recurso.
______________________________________________________________________
FICHA DE INSCRIÇÃO
Nome:
Endereço residencial completo:
CPF:
Telefone:
E-mail:
Título(s):
ANEXO
ANOITECER
Ruth Guimarães
Dizia Carlos Drummond de Andrade que ele foi um jovem como outro qualquer. Não tinha muita consciência da vida nem sabia o que era a velhice. Olhava para os velhos com pena “coitados dos velhos” e não se dava conta de que um dia chegaria a sua vez.
A segunda indicação de que certamente sei o que digo (continuando nossa conversa da semana passada), é que hoje, velha de noventa anos, vejo a mesma progressão insidiosa que envolvia a velha Honória e o velho guarda-chaves Juca Botelho. Essa progressão à qual nenhum dos meninos, meus irmãos e eu, sob a sua guarda, prestava atenção, porque ambos envelheciam com uma lentidão que tornava quase insensível o desgaste. Eu vivia na e com a velhice, sem estranhá-la porque a meninice se adapta facilmente. Os meus dois velhos, à medida que a vida continuava eles a iam perdendo. Ficaram muitos desarvorados e ausentes. Eu, que era a neta mais velha, fui chamada a fazer muitas coisas que não aos pais biológicos. Assim, tinha que ler para eles o jornal inteiro, porque a vista não ajudava. E quando minha avó costurava uma interminável colcha de retalhos, enfiava sucessivamente as agulhas de que precisava. Nessa época não havia aparecido a TV e em nossa casa não havia rádio. Também lia contos e romances, sob as árvores, nas horas quentes do dia, enquanto meu avô deitado na rede pensamenteava não sei o quê. Era eu quem tirava o recibo de aluguel de meia dúzia de casinhas que os velhos alugavam a famílias pobres. Fazia recados, pagava contas de luz e água, acompanhava meu avô a compras no armazém e minha avó às visitas de velhas comadres e à costureira. Eu lhes alcançava os óculos e a bengala do avô.
Quando eles precisaram realmente de mim, eu não estava mais em casa. Tinha saído para trabalhar na Capital e meu avô era orgulhoso demais ou dedicado demais a mim, para pedir que não fosse. Entretanto, quando chegava à minha antiga casa e os via, ele na sua rede, ela na sua banqueta, sentia o vago desinteresse com que me recebiam do outro lado do mundo, presas já do processo de desprendimento gradativo próprio do envelhecimento. Financeiramente não tinham problemas. O trabalho da casa e o cuidado deles era feito por empregados. Com um pouco de despeito, mas indubitavelmente aliviada, eu me dizia: “não faço falta”. E nós nos mostrávamos alegres como antes, eles tinham pequenas solicitudes, iam apanhar as primeiras frutas nas mangueiras carregadas e a avó mexia as panelas (que boa cozinheira que era ela!), cantarolando “o pintor que pintou Ana”.
Hoje que a emoção não mais me apanha no seu vórtice delirante, mas vem como onda mansa, percebo o ciclo se fechando. E até sei, pelas suas reações, quantos anos tinha a minha velha avó nessa ocasião. Como me casei com um primo da minha idade, eu o vejo com os olhos de ontem e de hoje e me parece estar casada com o meu próprio avô.
Estamos repetindo a vida.
EDITAL DE CONCURSO DE FOTOGRAFIA “Zizinho Botelho”
5ª EDIÇÃO
INFANTO-JUVENIL
(REGULAMENTO)
Do Tema
Art. 1o – O Instituto Ruth Guimarães, por meio deste edital abre inscrições para o Concurso de Fotografia Infanto-juvenil “Zizinho Botelho”
Parágrafo Único – O tema escolhido para esse concurso tem como base “FAMÍLIA”. Iremos priorizar o quesito originalidade. Anexamos a este edital uma crônica de Ruth Guimarães como fonte de ideias para o tema. Em sua crônica ela fala de histórias, de contos, de delicadeza, de singeleza, de simplicidade. Descubra a sua visão do título do concurso deste ano, vá além do tema. Use sua criatividade!
Categorias
- a) Categoria INFANTIL: 4 a 8 anos
- b) Categoria INFANTO-JUVENIL: 9 a 12 anos
- c) Categoria JUVENIL: 13 a 17 anos
Das Inscrições
Art. 2o – Pode participar do concurso o público em geral, para os fotógrafos residentes no Vale do Paraíba.
- 1o – É vedada a participação de pessoas envolvidas na organização deste concurso;
- 2o – É vedada a participação dos membros da família Guimarães Botelho.
Art. 3o – As inscrições podem ser feitas no período de 22 de MARÇO de 2025 a 22 de MAIO de 2025 pelo e-mail: inrg1920@gmail.com.
Art. 4o – Cada participante pode se inscrever com até 02 (duas) fotografias. As fotografias devem ser inéditas, ou seja, não terem sido apresentadas em nenhum livro ou mostra, ou premiada em outros concursos até a data da inscrição.
- 1o – As fotografias devem ser enviadas no momento da inscrição e somente serão aceitos até 02 (dois) arquivos de imagens de cada participante.
- 2o – As fotografias deverão ser devidamente identificadas através do preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO, que está ao final deste edital, obedecendo aos seguintes critérios:
- a) As fotografias devem ser digitais em formato jpeg com o mínimo de peso de 1MB;
- b) Não há restrição à técnica utilizada, podendo as imagens ser coloridas ou P&B;
- d) Os candidatos inscritos são responsáveis pelo teor e conteúdo das imagens, incluindo autorização de publicação dos seus atores;
- e) Pela inscrição, os participantes cedem ao Instituto Ruth Guimarães os direitos patrimoniais sobre as imagens enviadas e autorizam seu uso em todo e qualquer material, documentos e meios de comunicação;
- f) A autorização do uso das imagens será concedida a título gratuito, abrangendo o seu uso em todo território nacional e no exterior, em todas as suas modalidades;
- g) As imagens poderão passar por tratamento de imagem, fracionamento, alteração da resolução, etc., sem que haja prejuízo à essência da fotografia e o conjunto da obra. No entanto, não será permitido fazer montagens.
- 3o – Para a inscrição será cobrada uma taxa de R$10,00 por candidato, via depósito bancário na conta corrente do INSTITUTO RUTH GUIMARÃES: Banco do Brasil, agência 3029-5. c/c 29456-x. PIX : CNPJ 36.502.818/0001-50. Envie seu comprovante juntamente com seu formulário de inscrição.
- 4o – Ao se inscreverem, todos os candidatos aceitarão automaticamente todas as cláusulas e condições estabelecidas no presente regulamento.
Da Seleção
Art. 5o A seleção dos vencedores será realizada por um júri convidado pelo Instituto Ruth Guimarães.
- 1o – Serão pré-selecionadas 20 (vinte) fotografias do total de fotografias inscritas, com premiação para o 1o lugar.
- 2o – Não serão aceitas fotografias que estimulem a violência, a prática de crimes e que incitem o ódio e o preconceito.
- 3o – O resultado será divulgado em junho, nas festividades do aniversário de Ruth Guimarães.
Da Premiação
Art. 6o Serão entregues prêmios para os primeiros classificados das 3 (três) categorias.
- 1o – Os inscritos não poderão acumular as premiações, ou seja, só poderá ser classificada uma fotografia de cada participante.
- 2o – O 1o colocado receberá o valor de R$ 120,00.
Da Comissão Técnica
Art. 7o – A Comissão Técnica será composta por profissionais convidados com reconhecida atuação nas áreas de artes visuais.
Parágrafo Único – A Comissão Técnica terá autonomia na realização da seleção e seguirá critérios de linguagem fotográfica, originalidade e criatividade.
Do Resultado
Art. 8o – A divulgação do resultado ficará a cargo do Instituto Ruth Guimarães que anunciará os vencedores no próprio Instituto, Rua Carlos Pinto, 130, no mês de junho, nas festividades do aniversário de Ruth Guimarães.
Das Disposições Finais
Art. 9o – Os casos omissos serão decididos pela Comissão Técnica.
Art. 10o – Da seleção realizada pela Comissão Técnica, quanto à qualidade das fotografias selecionadas não caberá qualquer recurso.
______________________________________________________________________
FICHA DE INSCRIÇÃO
(o responsável deve assinar e enviar como foto ou escaneada)
O candidato
Nome Completo:________________________________________________________
Filiação:
Pai:___________________________________________________________________
Mãe:__________________________________________________________________
Nome artístico: _________________________________________________________
Título da fotografia:______________________________________________________
Data de nascimento:___/___/_______
Endereço:_____________________________________________________________
Telefone para contato: ( ) residencial ( ) profissional___________________________
E-mail:________________________________________________________________
Informações do responsável:
Nome do Responsável:
RG:_________________________________ CPF:________________________________
Assinatura:_____________________________________________________________
( ) Li e estou de acordo com as normas do edital do Concurso Fotográfico “Zizinho Botelho”
ANOITECER
Ruth Guimarães
Dizia Carlos Drummond de Andrade que ele foi um jovem como outro qualquer. Não tinha muita consciência da vida nem sabia o que era a velhice. Olhava para os velhos com pena “coitados dos velhos” e não se dava conta de que um dia chegaria a sua vez.
A segunda indicação de que certamente sei o que digo (continuando nossa conversa da semana passada), é que hoje, velha de noventa anos, vejo a mesma progressão insidiosa que envolvia a velha Honória e o velho guarda-chaves Juca Botelho. Essa progressão à qual nenhum dos meninos, meus irmãos e eu, sob a sua guarda, prestava atenção, porque ambos envelheciam com uma lentidão que tornava quase insensível o desgaste. Eu vivia na e com a velhice, sem estranhá-la porque a meninice se adapta facilmente. Os meus dois velhos, à medida que a vida continuava eles a iam perdendo. Ficaram muitos desarvorados e ausentes. Eu, que era a neta mais velha, fui chamada a fazer muitas coisas que não aos pais biológicos. Assim, tinha que ler para eles o jornal inteiro, porque a vista não ajudava. E quando minha avó costurava uma interminável colcha de retalhos, enfiava sucessivamente as agulhas de que precisava. Nessa época não havia aparecido a TV e em nossa casa não havia rádio. Também lia contos e romances, sob as árvores, nas horas quentes do dia, enquanto meu avô deitado na rede pensamenteava não sei o quê. Era eu quem tirava o recibo de aluguel de meia dúzia de casinhas que os velhos alugavam a famílias pobres. Fazia recados, pagava contas de luz e água, acompanhava meu avô a compras no armazém e minha avó às visitas de velhas comadres e à costureira. Eu lhes alcançava os óculos e a bengala do avô.
Quando eles precisaram realmente de mim, eu não estava mais em casa. Tinha saído para trabalhar na Capital e meu avô era orgulhoso demais ou dedicado demais a mim, para pedir que não fosse. Entretanto, quando chegava à minha antiga casa e os via, ele na sua rede, ela na sua banqueta, sentia o vago desinteresse com que me recebiam do outro lado do mundo, presas já do processo de desprendimento gradativo próprio do envelhecimento. Financeiramente não tinham problemas. O trabalho da casa e o cuidado deles era feito por empregados. Com um pouco de despeito, mas indubitavelmente aliviada, eu me dizia: “não faço falta”. E nós nos mostrávamos alegres como antes, eles tinham pequenas solicitudes, iam apanhar as primeiras frutas nas mangueiras carregadas e a avó mexia as panelas (que boa cozinheira que era ela!), cantarolando “o pintor que pintou Ana”.
Hoje que a emoção não mais me apanha no seu vórtice delirante, mas vem como onda mansa, percebo o ciclo se fechando. E até sei, pelas suas reações, quantos anos tinha a minha velha avó nessa ocasião. Como me casei com um primo da minha idade, eu o vejo com os olhos de ontem e de hoje e me parece estar casada com o meu próprio avô.
Estamos repetindo a vida.
MAIO
SEMANA MUNDIAL DO BRINCAR
Oficinas
Contação de história
Clown
Brincadeiras
PROJETO CINEMA NO QUINTAL
A lei Paulo Gustavo nos proporcionou realizar o cinema ao ar livre no ano de 2025. Continuaremos as sessões gratuitas, uma vez por mês, verifique a programação nas redes sociais do instituto Ruth Guimarães. Inscrição antecipada, a sessão se realizará com uma audiência de no mínimo 10 pessoas.
* Programação sujeita a alteração conforme mudanças climáticas.
AGOSTO
SEMANA RUTH GUIMARÃES
II CONCURSO DE LEITURA EM VOZ ALTA
SEMANA RUTH GUIMARÃES
REGULAMENTO
A quem se destina
- Alunos do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio das redes pública e privada da região do Vale do Paraíba;
- Alunos devidamente matriculados no corrente ano letivo.
Material de suporte:
Foram produzidos vídeos de leitura com os textos indicados para o concurso que estão sendo veiculados no canal de youtube do Instituto Ruth Guimarães no endereço https://www.youtube.com/channel/UCrPqcCFN8SXlh652YaWY8mA
Art. 1o – DO OBJETIVO
Considerando a necessidade de promover a leitura de uma forma lúdica:
- Estimular nos estudantes o gosto pela aprendizagem da Língua Portuguesa pela leitura a partir de estudo de textos da escritora Ruth Guimarães;
- Despertar o interesse dos professores em aperfeiçoar suas estratégias de ensino na habilidade da leitura;
- Conscientizar os alunos da necessidade de aprender a pronunciar adequadamente as palavras, ter entonação e ritmo;
- Desenvolver nos estudantes a expressão oral, a desinibição e estimular a busca por um aperfeiçoamento contínuo da língua portuguesa. Além de aprimorar a interpretação de texto.
Art. 2o – DAS CONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO
- 1. A participação neste Concurso está aberta a todos os alunos do 1o ao 9o ano do Ensino Fundamental e para alunos do 1o ao 3o ano do Ensino Médio da rede pública e particular da região do Vale do Paraíba, tendo apenas que proceder a uma inscrição. Para os candidatos alunos de escola pública a inscrição será gratuita; para os demais será cobrada uma taxa de R$10,00 por candidato, via depósito bancário na conta corrente do INSTITUTO RUTH GUIMARÃES: Banco do Brasil, agência 3029-5 c/c 29456-x ou PIX : CNPJ 36.502.818/0001-50. Envie seu comprovante juntamente com seu formulário de inscrição, anexo a este regulamento, juntamente à do respectivo professor que será o orientador do aluno;
- 2. Para efeitos de participação no Concurso, os concorrentes assumem o compromisso de se submeter ao presente Regulamento e às decisões do Júri;
Art. 3o – DA CATEGORIA DOS CONCORRENTES
- Os concorrentes são divididos em 4 (quatro) categorias:
Categoria A – Alunos do 1o e 2o Ano do Ensino Fundamental I;
Categoria B – Alunos do 3o ao 5o Ano do Ensino Fundamental I;
Categoria C – Alunos do 6o ao 9o Ano do Ensino Fundamental II;
Categoria D – Alunos do 1o ao 3o Ano do Ensino Médio.
Art. 4o Das Obras Selecionadas
- As obras para leitura serão as seguintes: (texto no fim deste regulamento)
- Somente serão aceitas para participação no concurso os textos sugeridos nesta lista, que devem ser preparados com antecedência.
- No dia da participação dos candidatos no quintal do Instituto Ruth Guimarães, será sorteado um pequeno trecho de textos de outros livros escolhidos na hora para leitura.
Art. 5o – DA AVALIAÇÃO
Os concorrentes serão avaliados por um júri que atribuirá a sua pontuação aos alunos, com base nos seguintes itens:
Tom de voz – 0 a 4 pontos
Articulação / Dicção – 0 a 4 pontos
Respeito pela pontuação – 0 a 4 pontos
Entonação – 0 a 4 pontos
Ritmo – 0 a 4 pontos
Art. 6o – DA SELEÇÃO
– enviar um vídeo com a leitura dos textos de sua categoria para o e-mail inrg1920@gmail.com para a seleção prévia;
– os textos estão no final deste regulamento;
– a seleção final dos 3 primeiros colocados de cada categoria do Concurso será efetuada por uma Comissão Julgadora na sede do Instituto Ruth Guimarães, Rua Carlos Pinto, 130 Cachoeira Paulista, SP.
Art. 7o – DA PREMIAÇÃO
- Os primeiros classificados no Concurso Final receberão:
R$120,00 + Livro para o Professor e Certificado de Participação
Inscrições de 30 de março a 30 de maio pelo e-mail inrg1920@gmail.com. Devem indicar o nome, a turma, o ano e a escola e o nome do(a) professor(a)
FICHA DE INSCRIÇÃO
(o responsável deve assinar e enviar como foto ou escaneada) O candidato Nome Completo:________________________________________________________ Nome da escola e do professor/orientador: Data de nascimento:___/___/_______ Endereço:____________________________________________________________ Telefone para contato: ( ) residencial ( ) profissional E-mail: Informações do responsável: Nome do Responsável: RG:_________________________________ CPF:____________________________ Assinatura
( ) Li e estou de acordo com as normas do edital do Concurso de leitura em voz alta |
Texto 1 – 1o e 2o anos do ensino fundamental I
História dos quatro pintinhos em quatro tempos e seis lições
(texto inédito)
QUARTA LIÇÃO:
AS FRUTAS SÃO PRA COMER (CRIANÇA COME DE TUDO). SÃO MOLES, MOLHADAS, COLORIDAS, NELAS O BICO SE AFUNDA. QUALQUER FRUTA É PRA COMER: BANANA, MAMÃO, MANGA, JAMELÃO, GOIABA.
E DISSE O SEGUNDO PINTINHO:
QUEM ME DERA QUE EU ACHASSE UMA UVINHA BEM DOCINHA, QUE, COM JEITO, EU PASSAVA PARA O PEITO.
Texto 2 – 3o a 5o anos do ensino fundamental I
O PRÍNCIPE PAPAGAIO
[Lendas e Fábulas do Brasil]
Era uma vez um rei que tinha três filhas janeleiras. O dia todo elas ficavam à janela do palácio, e até já tinham calos nos cotovelos. As duas mais velhas eram feias, mas a mais nova era uma beleza. Parava gente na rua, embasbacada, olhando para a carinha bonita da princesinha caçula. Pousava todas as tardes, numa árvore do jardim, um bonito papagaio, todo verde, e palrava:
– Quer casar comigo, princesinha? Corrupaco, papaco.
– Quero sim, venha até aqui.
O papagaio voava para a janela, e dava bicadinhas no braço da moça, arredondando ainda mais os olhos dourados.
Texto 3 – 6o a 9o anos do ensino fundamental II
O REI QUE TINHA ORELHAS DE BURRO
[Lendas e fábulas do Brasil]
Era uma vez um rei que tinha orelhas de burro, compridas orelhas peludas, que ele poderia abanar quanto quisesse. Como é natural, não se orgulhava delas. Usava, para escondê-las, um grande gorro de ponta, enterrado até quase o pescoço. E somente consentia que lhe cortasse os cabelos um velho barbeiro da corte, fiel e calado – coisa que não é muito comum, em se tratando de barbeiros. Ele e o rei, unicamente, sabiam da enormidade de tais orelhas.
Mas, não há bem que sempre dure, e o velho servidor morreu. Veio substituí-lo um moço muito vivo e muito prosa, bom profissional, a quem foi recomendado sigilo absoluto sobre a infeliz condição do rei. O rapaz ficou sobre brasas. Não se atrevia a falar mais, a quem quer que fosse, com medo de lhe escapar o segredo, durante a conversa. Até o seu bom gênio se transformou. Ficou sisudo, calado, desconfiado e arredio. Acordava de noite sufocado de vontade de contar o que sabia. Passava o dia com cócegas na língua. Acabou por morar sozinho, de medo de falar sobre o caso acordado ou dormindo.
Até que um dia não suportou mais. Foi a um campo sete léguas distante de qualquer habitação, cavou um buraco de sete metros de profundidade, meteu-se nele e gritou com toda a força dos pulmões:
– O rei tem orelhas de burro! O rei tem orelhas de burro!
Suspirou. Que alívio! Agora sim. Tinha contado. Podia respirar.
Encheu o buraco de terra, dirigiu-se ao palácio real e, desde esse dia, cumpriu tranquilamente as obrigações, sem tentações de recontar a feia notícia.
Passou-se o tempo.
Longe, a sete léguas da cidade e a sete metros no fundo da terra, uma sementinha germinou, a planta cresceu, atravessou a superfície do solo, espiou para fora, cresceu mais ainda, tornou-se um belo feixe de bambus, delgados, verdes e elegantes.
Quando havia brisa leve, as varas se inclinavam umas para as outras e sussurravam:
– O rei tem orelhas de burro… O rei tem orelhas de burro…
Quando o vento era mais forte, elas se tocavam, cantando em surdina:
– O rei tem orelhas de burro.
E quando soprava o furioso noroeste, então era uma coisa terrível. Elas dançavam diabolicamente, e ouviam-se altos brados:
– O rei tem orelhas de burro! O rei tem orelhas de burro!
Texto 4 – 1o ao 3o anos do ensino médio
OS CASTIÇAIS DE SANTO ANTÔNIO
(Contos de Cidadezinha)
Parou um pouco na porta, do lado de fora. Assim que Pedro se distraiu, entrou de mansinho e se escondeu. Quando o outro saiu, tirou um saco de aniagem de baixo do paletó e colocou nele os castiçais. Seus dedos acariciaram no escuro a superfície gelada. O relógio da torre pingou nove badaladas, dentro do silêncio. O que houve depois, aconteceu dentro de uma névoa e dela o espírito de Benedito, nessa noite, não mais se afastou. Sabia que tinha cochilado e que acordou com susto no coração. Pôs-se, então, à escuta. Não fosse haver amanhecido já!… Ouviu somente os ruídos da noite. O relógio grande bateu doze pancadas. Tateou em torno, apanhou o volume e o escondeu no desvão da escada do púlpito. Foi ficar depois atrás do altar-mor, meio estendido, meio sentado. Seus olhos vigilantes viram despontar a madrugada. Ainda pensou num jeito de sair antes da manhã, sem arrombar nenhuma porta. Não havia. Por trás dos vitrais, barras de ferro se recortavam contra o céu esbranquiçado. Ouviu, pouco antes das cinco, barulho de chaves, virando na fechadura. Pedro entrou e passou pelo altar-mor, tão perto que Benedito lhe ouviu a respiração. Subiu, então, rapidamente e sem rumor, os degraus da parte posterior do altar. Apoiava as mãos no chão e os pés nus assentavam-se inteiros na escada, de modo ao mesmo tempo pesado e macio. Parou quase por trás da imagem de Santo Antônio e ali ficou, com os nervos vibrando, acocorado sobre o rebordo liso de mármore. O sacristão cruzou a igreja em dois sentidos. Abriu a capela do Santíssimo. Abriu a porta lateral que dava para a rua. Tinha se esquecido da porta para o pátio. Voltou dali a minutos. Andou um pouco e parou. O homem escondido esfriou de susto. Pedro tinha encontrado o saco embaixo da escada, com certeza. Tinha parado e estava tão quieto! Quase gritou. Olhou cautelosamente e viu o relancear com que Pedro abrangia o corpo da igreja. Olhar cuidadoso de inspeção. Benedito dirigiu-se em pontas de pé, para a porta lateral, a que dava para o pátio, e abriu-a. Suspirou. Remexeu-se. Pedro levou um século para voltar. O homem sentia que não aguentaria mais. Ainda acabava pulando lá de cima, aos berros. Ouviu de novo os passos, depois o ruído de abrir e fechar gavetas na sacristia. Então, deu um pulo silencioso e caiu agachado. O coração, como que continuou o pulo e se desequilibrou, despencando dentro do estômago; ficou batendo, em lugar errado. O homem apanhou o saco escondido no desvão e se abaixou entre os arbustos do caminho, perscrutando em torno. E aí correu. Contornou a ribanceira, subiu o declive do cemitério e deixou sob as taquaras secas e o capim os castiçais. Desceu para a igreja. Quando entrou, Pedro, que parecia esperá-lo, chamou:
– Benedito!
AGOSTO
SEMANA RUTH GUIMARÃES
Roda de conversa: “nem só de mula sem cabeça vive o folclore!”
Palestrantes convidados: Wagner Fonseca, Idalina Sabadine, Juraci Faria Condé, Cintia Moreira
Vídeo: Aula de folclore, de Adriano Nogueira
Apresentação de premiados do concurso de leitura em voz alta
Exposição vida e obra de Ruth Guimarães
Abertura: 16 de agosto, sábado
Parceria: Museu histórico e pedagógico Dr. Costa Jr. Parque ecológico Nelson Lorena
Apresentação teatral Malazartes
Casa Realejo de teatro
ANÁLISE ÁGUA FUNDA
“É um romance, mas escrito como se fosse prosa fiada, como se fosse narrativa caprichosa que vai indo e vindo ao sabor da memoria, ao jeito dos contadores de casos.” Antonio Candido resume assim Água Funda no prefácio escrito para a segunda edição da obra, publicada em 2003. Mínimo de 10 inscritos para realização do curso
Inscreva-se no email inrg1920@gmail.com!
SETEMBRO
14/09 – domingo
1 FESTIVAL DE CULTURA AFRO BRASILEIRA DE CACHOEIRA PAULISTA
(Iniciativa Terreiro 7 Estrelas Cachoeira Paulista)
Curimbeiros
Capoeira
Gira
Artesanato/Tatuador/Tarô/Trancista/ Oficina de Turbante
OUTUBRO
Cafezinho filosófico, para as crianças
Oficina de brincadeiras (amarelinha, restaco, bolinha de gude, pipa, cinco marias, telefone sem fio)
NOVEMBRO
2ª edição de “Cor da consciência”, reflexões sobre o dia da consciência negra.