O Modernismo Brasileiro vem sendo revisitado de maneira intensa na última década. Várias têm sido as trilhas desse “repensar”, que tem sido muito atravessado pelos desejos sociais de compreender melhor não apenas o passado mas sobretudo a escrita que sobre o passado foi realizada, estabelecendo uma História que, em todos os campos vem sendo redimensionada. Assim, a hegemonia paulista vem sendo questionada e uma série de pesquisas busca retraçar “os modernismos” que convergiram para a famosa semana de fevereiro de 1922. Também no que diz respeito às individualidades, há anseios traduzidos em pesquisas, livros e produções artísticas que buscam questionar a presença/ausência de um número maior de mulheres, de intelectuais negros, de indígenas. Essas “vozes” começam a ser buscadas e sua “escuta” ainda está em seus inícios mais existe e precisa ser considerada para o projeto de um Clube de Leitura que vai enveredar pela História da Semana de Arte Moderna de 1922. Neste mês com a leitura do livro “Água Funda”, de Ruth Guimarães. São Paulo: Editora 34, 2018.
Susana Ventura é Doutora em Letras pela USP, trabalha para o SESC SP desde 2007 em projetos de literatura, fez curadorias para o Museu da Língua Portuguesa, Casa das Rosas, entre outros. Conduziu reuniões dos clubes de Leitura do SESC Carmo, SESC Vila Mariana, SESC Consolação entre 2009 e 2019. Ministrou o curso “Lendo Mia Couto” no SESC Santo Amaro em 2020. Tem 40 livros publicados na área de literatura e teve seu trabalho reconhecido pelos Prêmios Jabuti e Glória Pondé da Biblioteca Nacional. Curadoria e mediação da professora de Literatura e escritora Susana Ventura.

Fonte: https://diversos22.sescsp.org.br/programacao/96000279098933/clube-de-leitura-agua-funda-de-ruth-guimaraes

As lembranças da avó escritora, professora, uma referência

Maria Botelho Pereira é uma adolescente de 14 anos e vive, como todas as meninas da sua idade, a desafiadora travessia dessa fase. O que ela sente mais falta? Da companhia da sua avó, a escritora Ruth Guimarães, com quem conviveu até os 8 anos de idade. E guarda incríveis memórias desse tempo.

Maria Botelho e Ruth Guimarães

Pode ter sido pouco tempo, mas até hoje ela comemora a ventura de ter conhecido a avó. E agora você também vai conhecer a avó de Maria. E ver por que ela é uma referência.

Ruth nasceu em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, em 1920. E viveu por quase 94 anos. Passou a infância em uma fazenda no sul de Minas Gerais, onde seu pai trabalhava. O ambiente era cercado de histórias contadas pelas famílias de peões e colonos. Foi esse ambiente que a inspirou, desde pequena, para se tornar escritora.

Leia o texto completo aqui

Em 2021 o Estúdio Nosotras foi contemplado no Edital do PROAC – Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo com o projeto AquarEllas.

A intervenção de Marília homenageou, além de Ruth Guimarães, mulheres que utilizam a arte como ferramenta de expressão e transformação da realidade

A proposta do projeto é propor a discussão sobre a importância de superarmos o olhar de passividade direcionado às mulheres – no qual reduz sua presença como mero objeto de inspiração e muitas vezes retratando-as de forma pejorativa e superficial – e retomar o protagonismo feminino e potência de mulheres artistas utilizando como ferramenta a Arte Urbana.

AquarEllas pretende fazer memória e homenagear artistas e agentes culturais do estado de São Paulo. São inúmeras mulheres inspiradoras em diversos segmentos como a literatura, as artes visuais, a música e o circo-teatro, artistas que movimentam o cenário cultural paulista, com grande contribuição na luta de pautas identitárias e de grupos sistematicamente oprimidos, que utilizam a arte como ferramenta de expressão e transformação da realidade.

José Renato Nalini é jurista, professor, escritor, magistrado e político brasileiro. Foi desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde exerceu a presidência, e foi Secretário da Educação do Estado de São Paulo. É o atual presidente (neste ano de 2022) da academia paulista de letras, foi confrade de Ruth Guimarães e nesta carta está se expressando sobre a biografia que Joaquim Maria Botelho e Júnia Botelho estão lançando sobre a escritora: “Histórias da Casa Velha”. Agradecemos suas palavras tão gentis e esperamos que o livro faça jus a todos os elogios recebidos.

Ofício nº APL 441-2022

Prezadíssimo Joaquim
Recebi ontem o primoroso ”Histórias da casa velha”, biografia e legado de nossa queridíssima RUTH GUIMARÃES, elaborado com singular e imaginável carinho por JÚNIA e por você.
Que preciosidade! Só de folhear, já me deliciei. Sei que vou ficar extasiado com esse percurso fabuloso, com essa História tão cara à literatura brasileira e me sinto privilegiado por viver o tempo de RUTH GUIMARÃES e ter convivido com ela, ainda que por pouco, na nossa Academia.
Parabéns pela iniciativa e pelo exitoso empreendimento. Essa a verdadeira “imortalidade”: o culto aos que continuam a viver, enquanto deles nos lembrarmos e fizermos questão de enaltecer existência e obra.
Tenho a certeza de que a publicação merecerá devotada atenção e carinho de quantos tê consciência do que RUTH GUIMARÃES significa para as letras pátrias.
Uma abraço fraterno do
Cordialmente
José Renato Nalini – Presidente

Mara Prado

Ainda sobre presentes especiais: ganhei o livro recém saído do forno, digo, da gráfica, que ainda nem foi lançado e que conta a história de Ruth Guimarães, escritora, folclorista e, acima de tudo, uma mulher admirável! Tive o privilégio de conhecê-la pessoalmente. Os autores, Joaquim Maria Botelho e Júnia Botelho, filhos de Ruth, são meus amigos queridos e nos presenteiam com uma obra cheia de histórias gostosas e muito amor. O lançamento será na Flip! Não deixem de ler!

Eu sou muito agradecida pela riqueza das relações que a vida me proporciona. Pessoas incríveis, cheias de histórias para contar. Ontem tivemos o privilégio de ouvir a lindeza da @juniagb falando do legado de sua mãe D. Ruth Guimarães na @faculdadeinesp . Passaríamos horas ouvindo os relatos de pesquisas e vivências de uma mulher que foi imensa em sua passagem por este planeta. Nossos olhos brilharam e nossa vontade de estudar e realizar foram renovadas. Agradeço à Júnia que veio de longe para estar conosco, ao @instituto_ruth_guimaraes que com muito empenho preserva e difunde este legado, à Faculdade Inesp que me surpreende a cada dia por seu olhar competente e amoroso e à escuta atenta de quem esteve presente. Sopremos sobre nosso Vale do Paraíba as palavra de Ruth, tão bem escritas e tão carregadas de sentidos. Um brinde e muitos vivas!

Cíntia Moreira, arte-educadora, mestre em educação, eterna aprendiz. Contar histórias é dar voz, honrar e perpetuar as memórias dos que vieram antes de nós!

Graças ao sucesso da exposição “De pai para filho”, com fotos de Botelho Netto e Olavo Guimarães, a pedido de professores de arte que ainda querem trazer seus alunos para fazer uma visita e conversar sobre as fotografias, a data será prorrogada para sexta-feira, dia 07 de outubro de 2022. O horário de funcionamento do museu histórico e pedagógico Dr. Costa Jr. é das 8h às 17h, mas você pode entrar em contato e agendar um horário com seu diretor, Cláudio Fernandes, que haverá a possibilidade de se disponibilizar outros horários. A Etec já esteve lá na noite de 27 de setembro e foi muito bem recebida! Esperamos por vocês.

Uma manhã de sábado incrível!
Primeira Infância valorizada! Parabéns professoras! Oficina de Contação de Histórias com professores da rede municipal de Guaratinguetá. Parceria Instituto Ruth Guimarães, Trilhas do brincar , Domingos Savio Martins.
Obrigada Júnia Botelho e Lila pela oportunidade!

Trilhas do saber: culturas das infâncias no Vale do Paraíba
Há histórias que estimulam a educação criativa e também incutem valores nas crianças. Elas os ajudam a se sentir bem com os outros e a se dar bem na sociedade em que vivem.
As histórias são um dos fundamentos para o crescimento intelectual das crianças.
Quando o professor conta uma história para seus alunos, ele os ajuda a entender as coisas com mais facilidade. O cérebro também começa a funcionar e sua capacidade cognitiva é ativada.
As histórias infantis são uma forma ideal de criar laços especiais e emocionais com elas. Eles estimulam a imaginação e podem dissipar os medos de uma criança. Em alguns casos, eles lhes dão uma sensação de coragem.
Agradecemos os professores de Guaratinguetá que abraçaram as oficinas de contação de histórias e de clown e que procuram se aprimorar para oferecer para suas crianças toda essa motivação. Esperamos contar com outras escolas e outras cidades que queiram participar das oficinas da parceria Instituto Ruth Guimarães e Trilhas do Brincar!

Os conceitos auxiliados pela documentação pedagógica  (Baixe aqui para conhecer os oficineiros)