Flig 2022 – Festa Literária de Guaratinguetá

Ruth GuimarãesUm dos maiores especialistas da atualidade na pesquisa e resgate de tradições populares, Marco Haurélio, dividiu mesa de debates sobre oralidade e apagamento com a doutora da USP, Fernanda R. Rodrigues, que defende em seus livros a falta e política pública de valorização de autores negros, na Flig 2022 – Festa Literária de Guaratinguetá, neste dia 2 de junho. A mediação ficou a cargo do jornalista Joaquim Maria Botelho, também escritor e filho de Ruth Guimarães, autora homenageada da Flig.

A festa literária de Guaratinguetá homenageia Ruth Guimarães

Ruth GuimarãesA festa literária de Guaratinguetá homenageia Ruth Guimarães e o tema é O PODER DA PALAVRA. A festa vai de 2 a 5 de junho. Haverá palestras, bate-papos e rodas de conversa com escritores, e contação de histórias, espetáculos literário-musicais, e intervenções artísticas. E o que é esse tal de poder da palavra? Um poder para canalizar
Eloquência, personalidade, clareza, responsabilidade, durabilidade. O balanço é claro. As palavras têm um poder múltiplo ao qual podemos facilmente adicionar sua incrível adaptabilidade. Manipular palavras, portanto, potencialmente significa ser capaz de lidar com todos esses poderes. Vamos lá festar e falar sobre isso!

A vida e obra de Ruth Guimarães compõem um dos capítulos deste livro

Ruth GuimarãesA vida e obra de Ruth Guimarães compõem um dos capítulos deste livro. Segue o convite para o lançamento, neste dia 28 de maio.

Toda a obra e todas as ações de Ruth Guimarães tiveram um propósito basilar: ensinar pessoas a ser melhores. É a mais pura forma da Pedagogia. E o fez contando histórias, dando exemplo, juntando gente para que em conjunto aprendessem, a respeito umas das outras, de si mesmas e do mundo. Neste livro, em que ela é retratada ao lado de educadores como José de Anchieta, Caetano de Campos, Fernando de Azevedo, Branca Alves de Lima e Dorina Nowill, está contada parte de sua história como educadora, não só dos alunos, mas das comunidades em que viveu. O livro pode ser encontrado neste endereço: https://www.autoresassociados.com.br

SEMANA RUTH GUIMARÃES 2022 OFICINA DE POESIA E FOTOGRAFIA

INSPIRAÇÃO E ARTE: RUTH GUIMARÃES E ZIZINHO BOTELHO
Juraci de Faria Condé
18/junho/2022
14h00 às 17h00

14h00 Entre na Roda: boas-vindas e apresentações
14h20 A Escrita Poética de Ruth Guimarães & A Poesia na Fotografia de Zizinho Botelho
15h00 Ciranda de Poesia e Fotografia
15h20 Café Caipira
15h40 Produção Fotográfica e/ou Poética dos participantes
16h30 Mostra de Trabalhos
17h00 Antes de finalizar a roda: Avaliação da Oficina e Gratidão

Ruth GuimarãesJURACI DE FARIA CONDÉ
Professora, Poeta e Escritora. Doutora em Educação Matemática pela UNICAMP, atuou como docente do Ensino Superior na UNISAL – Lorena, UNITAU, UNIFATEA e UMESP – Campus Guaratinguetá. Autora de capítulos de livros e artigos científicos na área de Educação Matemática abordando temáticas sobre a vida e a obra de Malba Tahan. Publicou a obra infantil “A Estrelinha e a Flor-de-liz” e os livros de poesia “Manto Sagrado” e “Memorial do Monastério”. Coautora dos livros “Voo Inaugural: poesia a oito mãos” e “A Estética do Amor: breviário poético”. Desde 2015 assina a coluna semanal “Nossa Terra, Nossa Gente”, no Jornal Tribuna do Norte de Pindamonhangaba, tendo sido por ela agraciada com a Distinção “Nelson Pesciotta” de Jornalismo, concedida pelo IEV em 2019. É membro do Conselho Deliberativo do Instituto Ruth Guimarães e das Academias de Letras de Lorena e de Pindamonhangaba.
Foi aluna de Ruth Guimarães e, atualmente, dedica-se a pesquisar a prosa poética e a cultura caipira nas obras da renomada escritora.

Por que eu não li antes – podcast

Ruth GuimarãesPor que eu não li antes é um projeto literário digital que apresenta obras de autoras brasileiras negras para o público, acompanhadas de uma discussão com especialistas no assunto sobre os motivos que fazem com que tais livros não estejam mais presentes na vida dos leitores. Reuniremos autoras, especialistas e debatedores em uma série de cinco podcasts, os quais serão reunidos em um site com informações adicionais sobre as obras apresentadas, estudos complementares e outros títulos relevantes sobre o tema.

A obra: Água Funda

É um romance narrado por um narrador onisciente. A história se passa na Fazenda Olhos D’Água, no sul de Minas Gerais, entre o fim do período escravocrata e as primeiras décadas do século XX. A autora faz uma reconstituição etnográfica da linguagem caipira, que conheceu pessoalmente em sua infância passada no Vale do Paraíba e sul de Minas.
A autora construiu uma prosa ágil e fluida, cheia de ditos populares e acontecimentos marcados por superstições, casamentos bons e ruins, pela vida na cidade pequena e pela desgraça. Entre Sinhá Carolina, dona da Fazenda Nossa Senhora dos Olhos D’Água, e o casal Joca e Curiango, trabalhadores locais, num arco temporal que vai da época da escravidão até os anos 1930, o elo está na loucura que os acomete.

RUTH GUIMARÃES, LITERATURA E LEGADO

Ruth GuimarãesNão é sempre que se pode ter o filho do escritor com a competência didática de Joaquim Maria Botelho para ministrar um curso sobre sua vida e obra. E de uma forma amorosa e com muita admiração. Não perca!

Neste curso, é apresentada uma condensação do legado literário de Ruth Guimarães, seu pioneirismo como representante do movimento regionalista brasileiro, sua contribuição à educação e à pesquisa das tradições populares e outros elementos do folclore brasileiro. Será discutido, com ênfase, o seu romance “Água Funda”, leitura obrigatória da Fuvest (2023-2026). Também serão abordados o seu trabalho como tradutora do latim, francês e italiano, seu trabalho como cronista e nas demais produções literárias e jornalísticas. O curso terá espaços para debates e os participantes deverão completar exercícios de análise e de pesquisa. Com dez (dez) datas de aulas : 04/04/2022 , 06/04/2022, 11/04/2022, 13/04/2022, 18/04/2022, 20/04/2022, 25/04/2022, 27/04/2022, 02/05/2022 e 04/05/2022.

Saiba mais aqui.

Por quê eu não li antes?

Ruth Guimarãeshttps://www.prosanova.com.br/porqueeunaoliantes/
Por que eu não li antes é um projeto literário digital que apresenta obras de autoras brasileiras negras para o público, acompanhadas de uma discussão com especialistas no assunto sobre os motivos que fazem com que tais livros não estejam mais presentes na vida dos leitores. Reuniremos autoras, especialistas e debatedores em uma série de cinco podcasts, os quais serão reunidos em um site com informações adicionais sobre as obras apresentadas, estudos complementares e outros títulos relevantes sobre o tema.

As obras e autoras que trabalhamos são:

o Ursula (1859), Maria Firmina dos Reis;
(estreia 14/03/2022)

o Agua Funda (1946) de Ruth Guimarães;
(estreia 21/03/2022)

o Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus;
(estreia 28/03/2022)

o Malungos e milongas (1988) , de Esmeralda Ribeiro;
(estreia 04/04/2022)

o A cor da ternura (1991), de Geni Guimarães.
(estreia 11/04/2022)

“Por que eu não li antes” é um projeto literário que nasce a partir da necessidade de questionar as razões que levaram à exclusão das autoras negras brasileiras do mercado editorial. A apresentação é de Luiz Andrioli e Walkyria Novaes. A cada episódio, novas convidadas e especialistas sobre o tema em pauta.

Por que decidimos fazer esta série de podcasts?

Dados revelados por um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostram que 93% da comunidade literária brasileira é composta de autores brancos. Desse percentual, 72% são homens. Na mesma UnB, o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea mostra que, entre 2004 e 2014, apenas 2,5% dos autores publicados não eram brancos. No mesmo recorte temporal, só 6,9% dos personagens retratados nos romances eram negros, sendo que só 4,5% eram protagonistas da história.

Esses dados que mostram a exclusão da população negra – enquanto produtora de conteúdo – diante do processo editorial tornam-se ainda mais assustadores quando confrontados com os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, que mostram, hoje, no Brasil, que 54% da população brasileira é declarada como negra ou parda.

Este projeto foi viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura de Curitiba e contemplado no edital de Múltiplas Linguagens da Fundação Cultural de Curitiba em 2021.

ARTES BRASILIS – LITERATURA VALEPARAIBANA

Dia 03/03 (quinta), às 19 horas, na Letra Selvagem TV, Nicodemos Sena entrevistará Joaquim Maria Botelho no programa ARTES BRASILIS. Uma conversa sobre LITERATURA VALEPARAIBANA.
Acesse o link a seguir, inscreva-se no canal, e ative o lembrete no YouTube para não perder essa e outras entrevistas:

Joaquim Maria Botelho é jornalista, escritor e palestrante nas áreas de comunicação e literatura. Como repórter especial da Revista Manchete, viajou por todo o Brasil e pela América Latina, conhecendo pessoas e suas histórias. Depois disso, comandou equipes na TV Globo, TV Bandeirantes e jornal “ValeParaibano”. Lecionou por dez anos na Faculdade de Jornalismo da Universidade de Taubaté. No âmbito corporativo, foi assessor de imprensa da Embraer e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. No governo de São Paulo, foi diretor de comunicação da Secretaria da Educação. Também é ensaísta e tradutor. Assinou traduções do inglês (Cultrix, Global e Nova Aguilar) e do espanhol (Fundação Heinrich Böll). É autor de 12 livros. Dentre outros, “Imprensa, poder e crítica”, “Redação empresarial sem mistérios”, os romances “Costelas de Heitor Batalha” e “O livro de Rovana” e o livro de contos “Lá dentro”.
Foi presidente da UBE – União Brasileira de Escritores. Tem artigos e contos publicados na Alemanha, Argentina e Portugal. É vice-presidente do IEV–Instituto de Estudos Valeparaibanos e secretário-geral do Instituto Ruth Guimarães (www.joaquimmariabotelho.com.br).
O programa é apresentado pelo escritor e jornalista Nicodemos Sena.

Você pode acessar clicando no link abaixo:

https://youtu.be/KtfPS1krlQQ

Voluntariado para o Instituto

Ruth GuimarãesAs pessoas só podem saber que estamos precisando de ajuda se pedirmos.

O instituto Ruth Guimarães é uma instituição familiar com o objetivo de promover a obra da escritora e as fotografias de Botelho Netto, e também de incentivar movimentos culturais e fazer oficinas e despertar nas pessoas a vontade de continuar o trabalho de Ruth Guimarães e Botelho Netto como agentes culturais. Porque a continuidade é que dá força para a tradição.

E se queremos continuidade, onde vamos encontrar? Na juventude. Naqueles que aqui estarão depois de nós. Por enquanto o Instituto está representado pelos seus  filhos e as filhas de seus filhos. Mas é preciso ir mais longe. E há muito trabalho pela frente. Queremos deixar seu legado claro e objetivo para que possam seguir sem explicações das pessoas, mas por si mesmos.

Chamei, e algumas pessoas vieram nos ajudar a pôr em ordem o que ainda não tem nem clareza nem objetividade. Agradeço desde já o Bruno Leal e sua irmã Ingrid, Isabelle Machado e Diego Reis.

Continuo chamando. Se você quiser ajudar o Instituto a ser, entre em contato com Júnia Botelho no telefone (11) 996429971. Ou dê um pulinho no Instituto, ali na rua Carlos Pinto, 130, pertinho do viaduto, depois da passagem da linha. Se você estiver na faculdade, podemos fornecer um certificado de horas-atividade.

Precisamos de mão de obra para digitação, mas também mão na massa: arrumar as estantes, arrumar o espaço. Se conhece um bom pedreiro e umRuth Guimarães bom carpinteiro, adoraremos a indicação. Todos sabemos fazer algo, e toda ajuda é bem-vinda!

O mais importante é que você terá ajudado o instituto a ser. Muito obrigada!

Clube de leitura Leia Mulheres e Ruth Guimarães

Ruth GuimarãesOs estudantes que pretendem concorrer nos próximos anos a uma vaga em um dos cursos de graduação da USP já podem se preparar para a leitura das obras que serão abordadas na prova. Água Funda está na lista, que tal descobri-lo fazendo parte do clube de leitura Leia Mulheres do mês de fevereiro? Link disponibilizado no dia do evento