O instituto Ruth Guimarães presente na Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq)

A inclusão social e a diversidade na Educação é um desafio do mundo atual. A Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq) tem o objetivo de implementar ações e programas educacionais voltados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo nos ambientes de ensino, bem como à promoção da política educacional para a população quilombola. Hoje, 22 de janeiro de 2025, Aparecida recebeu no auditório Cláudio Anísio representantes das secretarias de educação e cultura de várias cidades do Vale do Paraíba, e Ruth Guimarães foi interpretada por Mara Céli, artista e representante do Instituto Baobá, com maestria. Gostaremos de ver novas reuniões, onde o público sera formado não somente por gestores e professores, mas também por funcionários e alunos, em uma festa única, quando todos estarão conscientes da importância desta Lei. São metas da Pneerq:

Estruturar um sistema de metas e monitoramento e assegurar a implementação do art. 26-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
Formar profissionais da educação para gestão e docência no âmbito da educação para as relações étnico-raciais (Erer) e da educação escolar quilombola (EEQ);
Induzir a construção de capacidades institucionais para a condução das políticas de Erer e EEQ nos entes federados;
Reconhecer avanços institucionais de práticas educacionais antirracistas;
Contribuir para a superação das desigualdades étnico-raciais na educação brasileira;
Consolidar a modalidade educação escolar quilombola, com implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, conforme a Resolução nº 8, de 20 de novembro de 2012, do Conselho Nacional de Educação (CNE); e
Implementar protocolos de prevenção e resposta ao racismo nas escolas e nas instituições de educação superior (públicas e privadas). (informações baseadas no site https://ainpgp.org/wp-content/uploads/2023/03/INCLUSION-SOCIALE-ET-DIVERSITE-DANS-LEDUCATION-1.pdf)

 

REUNIÃO NO INSTITUTO RUTH GUIMARÃES PARA ESTABELECER A SEMANA MUNDIAL DO BRINCAR

Este ano de 2025 a semana mundial do brincar – mais informações aqui – que tem como tema proteger o encantamento da infância. Nós, do instituto Ruth Guimarães, estamos fazendo o planejamento para viabilizar o projeto para maio, data já fixada pela Aliança pela Infância, em parceria com o Trilhas do brincar (https://www.facebook.com/trilhasdobrincar). As crianças são profissionais em maravilhar-se. O mar visto pela primeira vez, os brinquedos do Papai Noel perto da árvore na manhã de natal, um elefante visto no circo ou um porco na lama, ou simplesmente um lindo monte de pedras são a ocasião de olhos que brilham e bocas que permanecem abertas.
O mundo das crianças é cheio de encantos. Sua capacidade de surpreender, sua abertura ao inesperado estão intactas.
O espanto deles surge de uma ruptura com o óbvio. O continente de repente se abre para águas até onde a vista alcança. O jardim ficou completamente branco numa linda manhã e elas nem sabem o que significa a palavra geada. De repente, a árvore de natal fica cheia de presentes. Animais fabulosos aparecem na vida cotidiana. Essa quebra do óbvio subjuga a mente das crianças. Eles vão de descoberta em descoberta, de encantamento em encantamento, num mundo onde as explicações são escassas ou inacreditáveis. Neste mundo há magia, milagres, seres fabulosos. A realidade cotidiana das crianças regularmente se abre para o mundo dos contos de fadas. O pensamento infantil é permeável a ela. Sua mentalidade é receptiva ao imaginário, ao maravilhoso.
Vamos receber essas crianças e ouvir delas os pequenos milagres. Porque o verdadeiro milagre é que todas as manhãs o mundo é oferecido aos nossos olhos, a todos os nossos sentidos, ou, para usar as palavras de Heráclito, que “o sol se renova a cada manhã”.

Exposição em Lorena destaca pioneira da literatura afro-brasileira

Para celebrar a contribuição significativa de Ruth Guimarães Botelho à literatura e à cultura afro-brasileira, a Casa SP Afro Brasil

Para celebrar a contribuição significativa de Ruth Guimarães Botelho à literatura e à cultura afro-brasileira, a Casa SP Afro Brasil “Vereadora Odila
da Conceição Silva”, em Lorena, prepara uma exposição dedicada à escritora. A mostra, que reúne obras representativas da romancista, foi aberta ao público, de forma gratuita, nesta sexta-feira (17).

Reconhecida como a primeira escritora brasileira negra a ganhar projeção nacional, Ruth nasceu em Cachoeira Paulista, em 1920. Poeta, romancista, contista, cronista, jornalista, tradutora e professora, ganhou visibilidade com o lançamento de seu primeiro livro em 1946, “Água Funda”, que aborda a transição entre o fim da escravidão e o início do século 20. “Sua obra aborda questões sobre identidade, resistência e a experiência negra no Brasil, o que a torna uma figura essencial a ser homenageada.

Essa homenagem não apenas celebra sua vida e legado, mas também inspira novas gerações a valorizar a diversidade cultural e a história afro-brasileira”, contou o coordenador da Casa SP Afro Brasil de Lorena, Denilson Costa.
Inaugurada pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura de Lorena em julho do ano passado, a Casa SP Afro Brasil tem como objetivo
promover a igualdade racial, além de funcionar como um espaço de preservação e divulgação da história, tradições e contribuições da população
negra. Segundo Costa, o local já possui um planejamento anual de eventos.

“Realizamos eventos, exposições e atividades educativas que fomentam o diálogo e a reflexão sobre questões raciais e sociais. Os próximos destaques incluem a continuidade da exposição e eventos temáticos relacionados aos povos originários, Dia da Consciência Negra, e sobre a necessidade  em fazer valer as leis nº 10.639 e nº 11.645 na educação”, .
A mostra “Ruth Guimarães: a voz do povo invisível na literatura” deve contar com as principais obras literárias, manuscritos, cartas e documentos
pessoais da romancista, além de itens raros e inéditos. O filho da autora, escritor e jornalista Joaquim Maria Botelho, fez uma palestra na abertura do
evento abordando temas como igualdade racial e representatividade negra.
A exposição estará disponível até a terça-feira (21), na Casa SP Afro Brasil, na rua Dr. Alcydes da Costa Vidigal, s/n, no bairro Nova Lorena.

No sábado (18) e domingo (19), a visitação será das 9h às 11. Nos últimos dias, 20 e 21 de janeiro, o público poderá conferir a mostra das 9h às 11h e das 13h às 19h. “Esperamos que o público leve uma reflexão profunda sobre a importância da diversidade cultural, a valorização da literatura afro-brasileira e a consciência sobre as lutas históricas e contemporâneas do povo negro no Brasil. Que essa experiência inspire um compromisso com a igualdade e a justiça social”, finalizou o coordenador do espaço.

Texto originalmenre publicado por Rafaela Dias no Jornal Atos. nº 4.750

Ruth Guimarães – uma cabeça cheia de sonhos: livreto ilustrado

Ruth Guimarães vira personagem de um livreto muito lindamente ilustrado por Thiago Álvaro e prefaciado por Raphael Capucho.

Em um cantinho ensolarado do sul de Minas Gerais, onde as montanhas sussurram segredos e os rios cantam melodias, nasceu uma menina que se tornaria uma grande contadora de histórias. Essa menina era Ruth Guimarães, uma mulher que, com um coração tão vasto quanto a sua imaginação, nos mostrou que a vida é cheia de aventuras para serem vividas.

Capa da revista sobre Ruth Guimarães

Capa da revista sobre Ruth Guimarães

Neste livro, convidamos você a embarcar numa viagem mágica pela infância de Ruth, quando cada dia era uma nova página em branco esperando para ser preenchida. Entre brincadeiras, risadas e a sabedoria dos que a cercavam, Ruth aprendeu a importância das histórias que escapam dos livros e se escondem na memória de seu povo.

Prepare-se para conhecer e, quem sabe, se identificar com a jovem que sonhava em ser escritora e que fez amigos em lugares inesperados, tornando-se uma das vozes mais importantes da literatura brasileira.

Se você quiser adquirir o exemplar, em PDF, o valor é R$ 20,00 através do tel (11) 99642-9971 ou E mail: contato@institutoruthguimaraes.org.br

Em breve, lançamento com tarde de autógrafos, no instituto Ruth Guimarães

O Instituto Ruth Guimarães na FATEC

As Faculdades de Tecnologia – Fatecs – são instituições públicas de ensino superior que oferecem cursos de graduação em tecnologia gratuitos. O curso de Tecnólogo em Eventos prepara seus alunos para organizar e apoiar a logística de eventos, principalmente, mas não exclusivamente, no âmbito da abordagem de equidade, diversidade e inclusão que lhe é confiada. Oferece oportunidades para que esses alunos pratiquem o que aprendem, ganhem uma cultura ampla, dinamizando assim sua aprendizagem. O Instituto Ruth Guimarães apoia as iniciativas educadoras e o que vimos nas manifestações dos grupos de alunos tecnólogos de eventos das quais o INRG participou é : são realizados encontros com artistas e obras, com práticas individuais e coletivas em diferentes campos artísticos, e conhecimentos que permitem a aquisição de referências culturais, bem como o desenvolvimento da faculdade de julgamento e da mente crítica. Esta deve ser sempre a grande meta de um curso que pretende pensar a educação artística e cultural como o verdadeiro objetivo de formação. Hoje, 30 de outubro de 2024, esses tecnólogos foram acolhidos no Capitólio, na cidade de Cruzeiro-SP, e o Instituto Ruth Guimarães está representado pelo seu diretor executivo, Marcos Guimarães Botelho.

UBE homenageia Ruth Guimarães

Concurso de crônicas leva o nome da escritora

Ruth Guimarães

Capa do livro com as crônicas selecionadas.

União Brasileira de Escritores promoveu neste dia 21 de outubro de 2024 o anúncio da crônica vencedora do Concurso de Crônicas Ruth Guimarães. Além do troféu entregue a Cristina Siqueira, pela crônica “Conversando com Monalisa”, pelo atual presidente da entidade, Ricardo Ramos Filho, outras 20 crônicas foram selecionadas para compor um livreto publicado pela Editora Galáctico. O prefácio do livreto teve a autoria de Joaquim Maria Botelho, filho de Ruth Guimarães e que também presidiu a UBE (2010-2015).
A cerimônia foi realizada no Cine LT3, em São Paulo. É um autêntico cinema de rua, na Apinagés, no bairro de Perdizes, em São Paulo. O conceito do Cine LT3 é promover sessões com filmes de arte, como fazia o Cine Belas Artes, que lamentavelmente foi fechado há alguns anos, depois de décadas como ponto de cultura e de reunião de entusiastas do cinema.

Resultado do Concurso de fotografia “Zizinho Botelho” – 2024 – 4ª Edição

O tema escolhido para o concurso de fotografia “Zizinho Botelho” 4a edição foi BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS. Priorizamos o quesito originalidade e anexamos ao edital uma crônica de Ruth Guimarães como fonte de ideias para o tema. Em sua crônica ela fala de histórias, de contos, de delicadeza, de singeleza, de simplicidade. Importante foi descobrir as próprias visões do título do concurso deste ano, ir além do tema. Usar a criatividade! Parabenizamos todos os participantes e convidamos todos vocês para a próxima edição, que acontece de 22 de março a 22 de maio de 2025. Fiquem atentos ao edital no site do Instituto Ruth Guimarães.

Segue abaixo os vencedores, as fotografias e a pontuação dos participantes.

Categoria infantil – 04 a 08 anos (Baixe aqui a planilha com a classificação)

 


 

Categoria 09 a 12 anos (Baixe aqui a planilha com a classificação)

 


 

Categoria 13 a 17 anos (Clique aqui para baixar a planilha com a classificação)

 


 

Categoria adultos (Clique aqui para baixar a planilha com a classificação)

 


Feira do Livro da Rodoviária de Taubaté

Ruth Guimarães por Joaquim Maria Botelho

Foi possivelmente a palestra mais emocionante que apresentei sobre Ruth Guimarães, minha mãe. A plateia, quase toda de professores, ia mostrando crescente afeto pela pessoa de quem eu ia falando, e a admiração pelos textos que eu citava era flagrante. Falei por 1h40 e as pessoas me pediam para continuar. Nicodemos Sena precisou avisar que o horário de fechamento da feira literária estava chegando. Depois da sessão de perguntas, ainda ficou bastante gente querendo saber mais, comprar livros, fazer comentários. Um evento que levou mais leitores para Ruth.

 

Contando histórias de Ruth Guimarães na Escola Girlene de Carvalho, Cruzeiro/SP

Escola Girlene de Carvalho, Cruzeiro/SP

Escola Girlene de Carvalho, Cruzeiro/SP

Escola Girlene de Carvalho, Cruzeiro/SP

Escola Girlene de Carvalho, Cruzeiro/SP

Contar histórias é absolutamente essencial e apoia o desenvolvimento dos nossos filhos em diferentes níveis. Por que contar histórias é essencial para nossos filhos?
A importância da fala:
Em primeiro lugar, as histórias permitem-nos desenvolver a fala, traduzir a realidade em palavras. Usar a fala para nomear, descrever e comunicar eventos e emoções apresenta à criança o poder e o poder das palavras. Colocar uma palavra sobre um medo, uma ansiedade ou uma alegria intensa, é identificá-lo melhor e assim “colocá-lo à distância”, distância necessária para compreender e apreender nossos sentimentos.
De 1 ano a 3 anos, a criança desenvolve sua linguagem de forma impressionante. Ela passa das primeiras palavras às primeiras frases completas. Ler e contar histórias para a criança e olhar livros com ela promovem fortemente o desenvolvimento da linguagem, além de despertar seu interesse pela palavra escrita e enriquecer sua imaginação.
Dominar seus medos arcaicos:
Desde muito pequeno, a criança sente emoções e até medos que o dominam. As histórias permitem-lhe sentir que o que sente é perfeitamente normal; sentimentos de abandono, angústia são amplamente retratados nas histórias. Poderá compreender melhor o que está vivenciando e desenvolver soluções; poderá até fazer perguntas, se sentir necessidade.
Desenvolver a escuta ativa:
Contar uma história requer maior escuta e atenção. Sente-se confortavelmente, peça-lhe que escolha a sua história e verá que o seu filho é capaz de se concentrar muito!
Para entender a realidade:
“As crianças precisam do apoio da magia para poder enfrentar a vida”, escreveu o psiquiatra Bruno Bettelheim em seu livro “Ser pais aceitáveis”. Para crescer, a criança usa constantemente a imaginação.
As histórias têm a vantagem de apelar à imaginação, o que lhes permite trabalhar a percepção da realidade. E se a criança gosta tanto delas é porque apresentam trocas que lhe solicitarão o mais importante: o manejo da ansiedade. As histórias podem aliviar essa ansiedade.
O prazer de estarmos juntos:
Por fim, se é fundamental contar histórias às crianças é porque é a melhor forma de passar bons momentos com elas. Muitas crianças fazem os pais repetirem a mesma história indefinidamente. Este é um conhecido ritual de tranquilização que as crianças adoram porque encerra o dia da forma mais maravilhosa.
Então, vamos economizar um tempo valioso de leitura para nossos filhos, para torná-los exploradores de histórias e talvez pequenos escritores! E por que não com Ruth Guimarães, uma escritora nascida no dia 13 de junho, no dia de Santo Antônio, na cidade de Cachoeira Paulista, tornando a autora tão próxima dos pequeninos? E os pequeninos se aproximam mais do que podemos imaginar! Escola bonita, professores dinâmicos, ativos, procurando fazer a criançada trabalhar e descobrir. Acredito que este é o caminho onde Ruth gostaria de andar.

Ruth Guimarães, patronesse da mostra folclórica pedagógica Raizes caipiras, Cruzeiro/SP

Júnia Botelho - Instituto Ruth Guimarães

Júnia Botelho – Instituto Ruth Guimarães

Alunos da Escola Ita Fortes em Cruzeiro-SP

Alunos da Escola Ita Fortes em Cruzeiro-SP

As palavras da língua materna e os seres, coisas, estados, relações, constitui uma necessidade psíquica que nos torna seres falantes: existimos porque temos nome, porque falamos mamãe, papai, irmão, irmã: então sabemos que estamos em uma família. Depois que estamos em uma escola, em um trabalho. Sabemos que estas palavras são apenas palavras, mas é a partir delas que ganhamos identidade, quando fazemos a relação entre palavras e coisas.
Para Ruth Guimarães, ser valeparaibana, ser cachoeirense, era sua identidade. Tornou isso visível em sua linguagem.
O Instituto Ruth Guimarães vai às escolas e conversa. Vai às escolas e conta histórias da Onça, histórias do Jabuti, Lendas e Fábulas do Brasil, Os dois papudos, que estão no livro João Barandão e outras histórias. E a inédita História dos Quatro Pintinhos em Quatro Tempos e Seis Lições. Mostramos a linguagem de Ruth Guimarães, seu ritmo, sua prosa, seu vocabulário rico e seu jeito de contar como quem ainda está em volta da mesa, oferecendo seu chá com bolo. Ela é tradição, folclore, além dos eternos caiporas e mula sem cabeça. Ruth Guimarães nos faz descobrir que folclore e história são a mesma coisa e são muita coisa. As crianças da escola Ita Fortes foram receptivas e me abraçaram. Acredito que Ruth Guimarães sorriu!