O Instituto Ruth Guimarães abriu inscrições para o Concurso de Fotografia Infanto-juvenil e adulto “Zizinho Botelho” Edição Sebastião Albano. O tema escolhido para esse concurso tem como base “O RIO PARAÍBA”. Este é um tema bem recorrente, portanto priorizamos o quesito originalidade. Anexamos ao edital uma crônica de Ruth Guimarães como fonte de ideias para o tema. Em sua crônica há o rio e os que vivem do rio, os que amam o rio, portanto é um tema um pouco mais amplo do que se imagina. Os candidatos usaram sua criatividade e o resultado foi incrível! Aqui estão os nove vencedores. Não houve candidatos da categoria infantojuvenil de 4 a 8 anos desta vez. Gostaríamos de parabenizar todos os participantes, que deram o seu melhor. Em 2023 esperamos que todos vocês voltem e tragam seus amigos para participar. A premiação acontecerá dia 19 de novembro, às 14h, no Instituto Ruth Guimarães, Rua Carlos Pinto, 130. Faremos uma breve apresentação de quem foram Zizinho Botelho e Sebastião Albano. As fotos dos vencedores estarão expostas para visitação e depois seguirão para o Museu Dr. Costa Junior, no parque ecológico da cidade de Cachoeira Paulista até dia 04 de dezembro. Agradecemos mais uma vez e até o ano que vem!

Galeria dos vencedores. Clique na imagem para ampliar.

Demorou, mas chegou o concurso mais esperado do ano: a segunda edição do concurso de fotografias adulto e infantojuvenil do Instituto Ruth Guimarães. As inscrições começam hoje e vão até o dia 22 de outubro de 2022. As informações completas estão no editais abaixo:

Clique aqui para baixar o edital – Adulto

Clique aqui para baixar o edital – Infanto Juvenil

Quem foi Sebastião Albano ?

Sebastião Albano Nogueira de Sá nasceu no dia 22 de janeiro de 1944, em casa, uma casinha azul e branca que fica ali na rua Dr. Rocha Junior, mais conhecida como a rua do INSS, aqui em Cachoeira Paulista. Filho da dona Ruth, que muitos de nós conhecemos, Ruth Pacheco Nogueira de Sá e Luiz Gonzaga Nogueira de Sá, era o mais velho de três irmãos, ficou órfão de pai aos 4 anos. Graduado em Letras, foi professor de inglês durante toda a vida, mas desde cedo demonstrou grande habilidade para desenho e mais tarde para a fotografia. Ficou tão apaixonado pela fotografia, e como estudioso que era, se aprimorou e foi indicado para substituir o professor Botelho Netto nas Faculdades Teresa d’Ávila em Lorena, nas aulas para a turma de Educação Artística. Pelo seu desempenho artístico, aprimoramento técnico e amor à fotografia é que dedicamos a edição do Concurso de Fotografia Zizinho Botelho, na semana Ruth Guimarães 2022, ao amigo Sebastião Albano.

Categoria INFANTIL – 4 a 8 anos. 

Pedro Carbone

1º 4,45 – Pedro Henrique Carbone, 05 anos. foto 17

O fotógrafo conseguiu um efeito muito simpático, colocando dois animais do período Jurássico ao lado do gato branco. O gato é o foco de atenção, com cara de folgado. Para a idade, a foto teve uma composição inspirada e que remete ao universo infantil. A escolha do fundo de pedras emoldura os animais e é bastante pertinente para o contexto da composição.

Raphaela Bellini

2º 4,16 – Raphaela Bellini de Sousa Cardoso, 05 anos. foto 26

A fotógrafa escolheu um ícone da cidade de Cachoeira Paulista, o que é bom para o registro da memória da cidade. Mas, inteligentemente, não fotografou de longe a estação, mas preferiu fazer de perto a foto, o que resultou em duas leituras interessantes: primeiro, a imensidão da fachada da estação diante da pequena estatura da fotógrafa de 5 anos, e segundo a decadência evidente de uma beleza que a fotógrafa não conheceu.

Lana Caroline

3º 4,13 – Lana Caroline Araújo dos Santos, 08 anos. foto 23

O papagaio parece estar muito contente de ser fotografado. Está olhando para a câmera com cara de quem está se achando uma celebridade. A composição, para um pequeno fotógrafo de 8 anos, está bem feita: abaixo e acima do papagaio, duas paralelas; na parte inferior da foto, um muro, que representa massa; ao fundo do papagaio uma luminosidade discreta, alaranjada. Tudo ajudou a deixar o objeto principal da foto em evidência. Uma foto feliz

Categoria INFANTO-JUVENIL – 9 a 12 anos.

Alicia Anaya

1º 4,90 – Alicia Anaya Dias, 09 anos. foto 26

Nesta foto, a linha da água conduz o nosso olhar desde o primeiro momento. De lá para as árvores, depois para o morro, sempre no sentido horário, que é como o nosso cérebro reage, e acabamos indo para a direita, procurando identificar os objetos incluídos na imagem. Para uma fotógrafa de 9 anos, foi uma boa escolha mostrar o reflexo do ambiente na água, o que nos leva a pensar em duas imagens que se complementam, ligadas por um bonito céu azul.

Maria Vitória

2º 4,56 – Maria Vitória Araujo dos Santos, 10 anos.  foto 2

Esta foto conseguiu combinar, numa só imagem, várias e atraentes simetrias. O corpo do papagaio maior fica em ângulo com o papagaio menor, formando um triângulo. As linhas (do telhado e do muro) formam uma paralela que serve de moldura aos atores principais da foto. E é possível encontrar outras figuras geométricas no telhado e no muro. Luz bastante boa, foco adequado. Uma foto feliz.

Raphael Bellini

3º 4,48 – Raphael Bellini de Sousa Cardoso, 09 anos.  foto 24

Esta foto consegue dois efeitos ao mesmo tempo. É triste, por causa das machucaduras na estação, que mostram a sua decadência. Ao mesmo tempo, é foto alegre pela luminosidade e pela beleza que existe na construção, mesmo velha e ferida como está. O fotógrafo de 9 anos consegue ver essas duas coisas, emolduradas por um lindo céu azul, típico de Cachoeira Paulista. Uma foto bem feita, com linha e massa. E com vida, com as folhas de árvore no alto da foto.

Categoria JUVENIL – 13 a 17 anos.

Beatriz Gabriela

1º 4,3 – Beatriz Gabriela da Silva, 14 anos.

Esta foto funciona como síntese da nossa realidade social, e a imagem fala por si – um band-aid não cura as carências desse homem. Unhas, mãos e roupas, num tom muito próximo, dentro da escala de cinzas, mostram como as coisas variam pouco na vida dessa pessoa. O contraste com o piso claro destaca ainda mais as diferenças conjunturais Tudo isso no aspecto filosófico. No plano prático da técnica fotográfica, é uma bela combinação de tons de cinza, massa, luz e sombra. A posição do pé, em diagonal em relação ao retângulo da foto, dá movimento. Foto de grande beleza.

Maria Giulia

2º 3,96 – Maria Giulia Romano Martins, 17 anos.

O que mais chama a atenção, nesta foto, é a composição. Não chega a ser novidade, porque a combinação de dimensões tem sido utilizada desde a invenção da fotografia, mas foi inteligente o aproveitamento da parede como fundo. As manchas denunciam água que escorregou e carregou elementos que marcaram a parede – o que dá uma atmosfera dramática ao conjunto. O anjo da sombra, que é outra pessoa em outra dimensão, tem menos drama e mais esperança. Essas considerações são mais filosóficas do que da prática fotográfica, mas fotografia é mais do que técnica – precisa ter mensagem.

Natália Nunes

3º 3,75 – Natália Nunes Vieira, 15 anos.

Sem querer fazer trocadilho, é uma foto gaiata. Ou seja, uma foto que mostra uma situação algo circense, parecendo que o gato equilibra um cone na cabeça. É uma foto alegre, colorida, luminosa. E ainda tem a sombra do gato na parede, que dá a ideia de dubiedade. A fotógrafa conseguiu uma imagem cheia de linhas, massa, movimento, colocando o objeto principal no retângulo áureo. E deixou alguns mistérios para que o observador desvende, pela observação persistente.

Promover um concurso de fotografia é descobrir talentos, incentivar a cultura, a criatividade, os novos olhares. É conhecer a nova geração e fazer interagir as gerações. Mostrar que a comunicação é possível, que todas as linguagens são possíveis.
Aqui estão as fotografias que recebemos para o concurso de fotografia “Zizinho Botelho” cujo tema foi “O espaço de Ruth”. Apreciem e deem sua nota pessoal, qual delas seria a sua favorita?

Exposição de imagens interpretativas da escritora Ruth Guimarães feitas pelo seu filho Olavo Guimarães, que fazem referência aos contos, crônicas e pesquisas que a escritora produziu sobre as cidades que visitou, principalmente Cachoeira Paulista, na chácara onde viveu.
As imagens buscaram recriar a forma como Ruth usava seu quintal para escrever suas principais obras.

O material exposto estará à venda.

Também estarão à venda livros da autora, recentemente editados, por ocasião do seu centenário de nascimento.

Venha nos prestigiar!

Centro Cultural de Cachoeira Paulista, SP de 01 a 19 de março em horário comercial de segunda a sexta.

O Instituto Ruth Guimarães, em razão da pandemia provocada pela Covid-19, decidiu transferir para 2021 as celebrações presenciais do centenário da escritora, anteriormente previstas para dois momentos: junho de 2020, data do aniversário, e agosto de 2020, quando se comemora a “Semana Ruth Guimarães”, conforme Lei Municipal de Cachoeira Paulista.

Pessoas de várias partes do Brasil iriam para Cachoeira Paulista e São Paulo e certamente não se sentirão seguras de fazer as viagens. Em razão disso, consideramos prudente planejar com calma o 101º aniversário, em 2021.

Entretanto, muitas atividades virtuais foram realizadas ainda em 2020, para que a data do centenário não fosse desconsiderada:

• o site da Revista Cult publicou ampla matéria sobre a vida e obra da autora, no dia 13 de junho, neste endereço eletrônico: https://revistacult.uol.com.br/home/
• o site da Fundação Cultural de Jacarehy publicou depoimentos e documentos sobre sua vida e obra, neste endereço eletrônico: http://www.fundacaocultural.com.br/
• Ruth Guimarães é a homenageada da flinksampa 2020. A 8ª edição da flinksampa, festa do conhecimento, literatura e cultura negra, aconteceu nos dias 19 e 20 de novembro, integrando a programação da virada da consciência em comemoração à semana da consciência negra. Realizada este ano em um ambiente completamente digital, pela universidade Zumbi dos Palmares e pela ONG afrobras, a edição de 2020 trouxe como grande homenageada Ruth Guimarães.
• Inaugurada a “Esplanada de Leitura Ruth Guimarães”, no Centro Cultural Santo Amaro. A iniciativa fez parte da Virada Cultural e foi presencial. Palestra sobre a vida e obra com Joaquim Maria Botelho e lançamento de uma exposição aberta para visitação até 13 de janeiro de 2020.
• Saíram os livros inéditos Contos negros e Contos índios, a reedição de Asno de Ouro, Água Funda, Lendas e Fábulas do Brasil e Filhos do Medo.
• a Academia de Letras de Lorena (da qual Ruth Guimarães foi madrinha) realizou concurso literário, com o nome dela, voltado para alunos de escolas públicas e privadas do Vale do Paraíba
• o Instituto Ruth Guimarães fez eventos virtuais sobre temáticas folclóricas registradas pela escritora em vários de seus livros: folguedos, parlendas, festas populares, dança, música e contos da tradição popular.