Concurso de fotografia “Zizinho Botelho” – encerramento do centenário

Estamos encerrando o ano do centenário de Ruth Guimarães. Um ano rico de manifestações alegres e de apoio a uma escritora “desconhecida”. Ruth Guimarães foi um sucesso de crítica e público quando saiu seu romance “Água Funda”, em 1946.

O sucesso continuou em 1950 quando publicou “Os Filhos do Medo”, uma obra “ricamente documentada sobre o Diabo no Brasil e de sua corte de Demônios” como afirmou Roger Bastide em sua análise no jornal O Estado de São Paulo, edição de 1o de abril de 1951.

Portanto, não tão desconhecida. Seu Dicionário de Mitologia Grega é indicado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP ainda hoje.

Antônio Cândido, crítico literário, interrompeu um discurso quando a viu na plateia, depois de 40 anos de ausência, e foi abraçá-la. Não, “desconhecida” não é bem a palavra. “Esquecida” também não é bem a palavra.

Enquanto existirem discípulos de Ruth Guimarães – alunos, amigos, colegas de profissão, pesquisadores, folcloristas, haverá alguém falando o seu nome.

Para fechar o ano de festividades o INRG – Instituto Ruth Guimarães está promovendo o 1o concurso de fotografia “Zizinho Botelho”.

Participe! Para promover o Instituto. Para incentivar a cultura e a educação. Para ser você também um agente cultural. Acesse o edital nas páginas do Instituto: https://www.facebook.com/institutoruthguimaraes e https://www.instagram.com/instituto_ruth_guimaraes/Ruth Guimarães

Títulos inéditos de Ruth Guimarães

Acabam de chegar da gráfica dois livros deixados inéditos por Ruth Guimarães, que os filhos conseguiram publicar, graças à intermediação de Conceição Evaristo junto à Faro Editorial. Fazem parte de uma coleção que terá mais dois volumes: Contos de Encantamento e Contos de Céu e Terra.
O lançamento integra as celebrações do centenário de nascimento da autora.Ruth Guimarães Ruth Guimarães

Ivan Sobrinho homenageia Ruth Guimarães em seu centenário

Ivan Sobrinho tem um canal de receitas no youtube que se chama By Ivan Sobrinho. Ele fez uma das receitas que Ruth apreciava e leu um texto elaborado por Júnia Botelho, filha da escritora:

Ruth Guimarães não gostava de cozinhar. Não sabia e não queria saber. Mas teve nove filhos e precisava dar de comer para esse povo todo, que às vezes trazia os amigos. E esse bando não era fácil, não! Então inventava. Ela fazia capitão-de-feijão quando sobravam arroz e feijão, misturava farinha e fazia um bolinho que ficava daqui ó! Se não tinha verdura, buscava taiova no quintal. Fazia sopa “à Lavoisier”. Tradução: nada se cria, tudo se transforma – ou se mistura, no caso. Teve a moda do vegetariano, foi aprender a fazer comida à base de soja. E tudo virou soja! Fez um pé-de-moleque de feijão soja que ficou um primor. Acredito que até hoje ninguém saiba que tinha comido doce de feijão. Levou a bandeja para o passeio com os guardinhas lá no Rio das Pedras e todo mundo lambeu os beiços. Não tenho a receita, tudo ela fazia lá da cabeça dela. Um pouco disso, um pouco daquilo, mistura tudo e fica …. vou te dizer: nem sempre ficava bom não! Mas esses ficavam. Às vezes a melhor receita é querer bem.

Veja e se inscreva, o canal está bem interessante:

Ruth Guimarães

https://www.youtube.com/channel/UCecWCJ8HiRYwXss4uWgGaaQ