O 2º Simpósio Baobá de Educação foi realizado no Auditório Frei Galvão, em Guaratinguetá, com o tema Mulheres Negras na Educação.
Mestre Morena iniciou com a Ladainha no berimbau, destacou Dandara e cantou com suas alunas.
“Quando eu venho de Luanda ê.. não venho só”
Júnia Guimarães Botelho nos brindou com histórias de sua mãe Ruth Guimarães, professora negra e escritora, de Cachoeira Paulista, além de nos fazer um convite para o dia da consciência negra, quando haverá no Instituto Ruth Guimarães o dia da “Troca de saberes”.
Efigênia Augusta de Freitas, a nossa griô, fez uma explanação sobre as primeiras professoras negras do Brasil, em powerpoint, mostrando fotos e chamando o público para ler em voz alta frases impactantes. Destacou duas Escolas que homenagearam professoras negras: Escola Municipal Aliete Ferreira Gonçalves, no bairro de São Manoel, em Guaratinguetá, Escola Municipal Profª Maria da Glória Freitas, no bairro São Francisco, em Aparecida e acrescentamos a E.E. Ruth Guimarães Botelho, Escola de ensino fundamental em São Paulo. Além disso, A Escola Estadual Dr. Alberto Cardoso de Mello Neto foi a primeira da rede paulista a participar do projeto Academia Estudantil de Letras. Em 2017, 11 alunos do Ensino Médio da unidade na zona norte de São Paulo tomaram posse em evento com a presença do secretário da Educação da época, José Renato Nalini e de Joaquim Maria Botelho, filho de Ruth Guimarães Botelho. Seus familiares estavam na plateia prestigiando o evento que a escolheu como patrona da cadeira principal da agremiação.
Efigênia ficou emocionada ao falar sobre a escola que leva o nome de sua irmã, mas ao mesmo tempo afirmou: “É pouco! Precisamos homenagear nossas professoras e professores negros”. Sim, é pouco. E importante que falemos a respeito.
Ana Flávia Coelho iniciou a sua fala homenageando o Prof. Alexandre Barbosa, que nos deixou há pouco menos de um mês, destacando o seu trabalho ímpar à frente da Escola Joaquim Vilela, em Guaratinguetá. Foi muito clara, expondo de forma muito didática as leis, o que é o PNEERQ, explicou os eixos das ações, trouxe questões sobre heteroindentificação.
Ao final o público presente foi chamado a falar sobre as professoras negras com quem estudaram: Ana Maria, Giane, Sandra, Dona Tó, Ruth.
Uma conferência sobre educação de mulheres negras visa a promover a igualdade de gênero, superar barreiras sistêmicas e específicas que elas enfrentam (como pobreza ou violência de gênero), compartilhar melhores práticas e fortalecer a liderança feminina. Esses eventos criam um fórum de discussão entre especialistas, profissionais e jovens para desenvolver estratégias políticas e soluções inovadoras que garantam o acesso equitativo à educação de qualidade e melhorem a condição das mulheres. Dentre seus vários objetivos o principal é superar barreiras, além de promover a igualdade pensando o acesso equitativo à educação de qualidade para todas as mulheres, particularmente em contextos humanitários ou de fragilidade; fortalecer a liderança construindo ambientes de aprendizagem inclusivos para desenvolver as habilidades de liderança das mulheres; compartilhar conhecimento; desenvolver estratégias, posto que os participantes podem iniciar ali, baseados nos questionamentos que são feitos, planos de ação concretos e recomendações políticas para acelerar a conquista da igualdade de gênero na educação e além; construir redes e parcerias, para apoiar a agenda de longo prazo da educação das mulheres. E é uma união, mão na mão, para enfrentar desafios contemporâneos.




















