Exposição em Lorena destaca pioneira da literatura afro-brasileira

Para celebrar a contribuição significativa de Ruth Guimarães Botelho à literatura e à cultura afro-brasileira, a Casa SP Afro Brasil

Para celebrar a contribuição significativa de Ruth Guimarães Botelho à literatura e à cultura afro-brasileira, a Casa SP Afro Brasil “Vereadora Odila
da Conceição Silva”, em Lorena, prepara uma exposição dedicada à escritora. A mostra, que reúne obras representativas da romancista, foi aberta ao público, de forma gratuita, nesta sexta-feira (17).

Reconhecida como a primeira escritora brasileira negra a ganhar projeção nacional, Ruth nasceu em Cachoeira Paulista, em 1920. Poeta, romancista, contista, cronista, jornalista, tradutora e professora, ganhou visibilidade com o lançamento de seu primeiro livro em 1946, “Água Funda”, que aborda a transição entre o fim da escravidão e o início do século 20. “Sua obra aborda questões sobre identidade, resistência e a experiência negra no Brasil, o que a torna uma figura essencial a ser homenageada.

Essa homenagem não apenas celebra sua vida e legado, mas também inspira novas gerações a valorizar a diversidade cultural e a história afro-brasileira”, contou o coordenador da Casa SP Afro Brasil de Lorena, Denilson Costa.
Inaugurada pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura de Lorena em julho do ano passado, a Casa SP Afro Brasil tem como objetivo
promover a igualdade racial, além de funcionar como um espaço de preservação e divulgação da história, tradições e contribuições da população
negra. Segundo Costa, o local já possui um planejamento anual de eventos.

“Realizamos eventos, exposições e atividades educativas que fomentam o diálogo e a reflexão sobre questões raciais e sociais. Os próximos destaques incluem a continuidade da exposição e eventos temáticos relacionados aos povos originários, Dia da Consciência Negra, e sobre a necessidade  em fazer valer as leis nº 10.639 e nº 11.645 na educação”, .
A mostra “Ruth Guimarães: a voz do povo invisível na literatura” deve contar com as principais obras literárias, manuscritos, cartas e documentos
pessoais da romancista, além de itens raros e inéditos. O filho da autora, escritor e jornalista Joaquim Maria Botelho, fez uma palestra na abertura do
evento abordando temas como igualdade racial e representatividade negra.
A exposição estará disponível até a terça-feira (21), na Casa SP Afro Brasil, na rua Dr. Alcydes da Costa Vidigal, s/n, no bairro Nova Lorena.

No sábado (18) e domingo (19), a visitação será das 9h às 11. Nos últimos dias, 20 e 21 de janeiro, o público poderá conferir a mostra das 9h às 11h e das 13h às 19h. “Esperamos que o público leve uma reflexão profunda sobre a importância da diversidade cultural, a valorização da literatura afro-brasileira e a consciência sobre as lutas históricas e contemporâneas do povo negro no Brasil. Que essa experiência inspire um compromisso com a igualdade e a justiça social”, finalizou o coordenador do espaço.

Texto originalmenre publicado por Rafaela Dias no Jornal Atos. nº 4.750

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