Por quê eu não li antes?

Ruth Guimarãeshttps://www.prosanova.com.br/porqueeunaoliantes/
Por que eu não li antes é um projeto literário digital que apresenta obras de autoras brasileiras negras para o público, acompanhadas de uma discussão com especialistas no assunto sobre os motivos que fazem com que tais livros não estejam mais presentes na vida dos leitores. Reuniremos autoras, especialistas e debatedores em uma série de cinco podcasts, os quais serão reunidos em um site com informações adicionais sobre as obras apresentadas, estudos complementares e outros títulos relevantes sobre o tema.

As obras e autoras que trabalhamos são:

o Ursula (1859), Maria Firmina dos Reis;
(estreia 14/03/2022)

o Agua Funda (1946) de Ruth Guimarães;
(estreia 21/03/2022)

o Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus;
(estreia 28/03/2022)

o Malungos e milongas (1988) , de Esmeralda Ribeiro;
(estreia 04/04/2022)

o A cor da ternura (1991), de Geni Guimarães.
(estreia 11/04/2022)

“Por que eu não li antes” é um projeto literário que nasce a partir da necessidade de questionar as razões que levaram à exclusão das autoras negras brasileiras do mercado editorial. A apresentação é de Luiz Andrioli e Walkyria Novaes. A cada episódio, novas convidadas e especialistas sobre o tema em pauta.

Por que decidimos fazer esta série de podcasts?

Dados revelados por um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostram que 93% da comunidade literária brasileira é composta de autores brancos. Desse percentual, 72% são homens. Na mesma UnB, o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea mostra que, entre 2004 e 2014, apenas 2,5% dos autores publicados não eram brancos. No mesmo recorte temporal, só 6,9% dos personagens retratados nos romances eram negros, sendo que só 4,5% eram protagonistas da história.

Esses dados que mostram a exclusão da população negra – enquanto produtora de conteúdo – diante do processo editorial tornam-se ainda mais assustadores quando confrontados com os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, que mostram, hoje, no Brasil, que 54% da população brasileira é declarada como negra ou parda.

Este projeto foi viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura de Curitiba e contemplado no edital de Múltiplas Linguagens da Fundação Cultural de Curitiba em 2021.

Compartilhe
Posted in Notícias.